Padre Cícero e Lampião são os personagens principais do novo livro do escritor Frederico Pernambucano. O livro de Frederico Pernambucano aborda a trajetória de Benjamin Abrahão, o fotógrafo que registrou imagens do cangaço e foi secretário do Padre Cícero, resgatando a história do cangaço e da cultura do Nordeste brasileiro.
Fugindo do alistamento militar, o sírio Benjamin Abrahão desembarcou no Recife em 1915, aos 15 anos, dando início a uma das trajetórias pessoais mais emblemáticas do Nordeste no início do século 20. Ele se tornaria o secretário particular do maior líder religioso da região, padre Cícero Romão Baptista, e autor das imagens que eternizaram Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e seu bando de cangaceiros.
A edição chega às livrarias mais de uma década depois da primeira publicação da obra. Reúne quase uma centena de fotografias e resgata a biografia pouco conhecida desse protagonista da história a partir de livros, revistas, jornais, documentos e entrevistas, como as realizadas pelo autor com os cangaceiros Manoel Dantas Loiola (Candeeiro) e Sérgia Ribeiro da Silva (Dadá).
Traz ainda percepções do próprio Benjamin Abrahão registradas em sua caderneta de campo – material recolhido pela polícia quando foi morto, aos 37 anos, com 42 punhaladas, em 7 de maio de 1938, na cidade de Águas Belas (hoje Itaíba).
.
Sobre o autor
Recifense, Frederico Pernambucano de Mello possui formação em história e direito. É membro dos Institutos Históricos de Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe, do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Desde 1988, ocupa a cadeira 36 da Academia Pernambucana de Letras (APL).
Publicou mais de 10 livros sobre a temática do cangaço. Além de Benjamin Abrahão: entre Padre Cícero e Lampião, publicou pela Cepe Editora os livros Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil e Estrelas de couro: a estética do cangaço.